Disponibilizamos para download diversos textos importantes sobre yoga, tantra, filosofia indiana e temas correlatos, que podem ser copiados a partir deste site ou de outros endereços da Internet.
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Adoraçao à Mãe por Vivekananda
Havia uma outra ideia nos antigos hinos vêdicos à Deusa: “Eu sou a luz. Eu sou a luz do sol e da lua; eu sou o ar que anima todos os seres”. Este foi o embrião que mais tarde se desenvolveu na adoração à Mãe. Na adoração à Mãe não se faz diferença entre pai e mãe. A primeira ideia que se depreende é a ideia da energia – Eu sou o poder que reside em todos os seres.
Os oito poderes das Shaktis
Este texto fala sobre 8 características associadas a oito devīṣ (deidades femininas) indianas: Paravatī, Durgā, Jagadamba, Santoṣima, Gayatrī, Sarasvatī, Kālī e Lakṣmi. A autora, Maria José Speglich, não coloca a fonte das informações e nem a origem de sua interpretação. Cabe ao leitor ler e avaliar este texto.
Texto de Aurobindo sobre a Grande Deusa
Este é um texto que foi escrito por Aurobindo, e que fala sobre o aspecto feminino, sobre a mãe, e sobre o desenvolvimento espiritual. Aqui alguns trechos dos escritos de Aurobindo: Para caminhar pela vida protegido contra todo medo, perigo e desastre, só duas coisas são necessárias, duas que andam sempre juntas — a Graça da Mãe Divina e, ao seu lado, um estado interior composto de fé, sinceridade e entrega. (...) Se você quer ser um real executor dos trabalhos divinos, teu primeiro objetivo deve ser estar totalmente livre de todo desejo e do ego egoísta. Toda a tua vida deve ser uma oferenda e um sacrifício ao Supremo; teu único objetivo na ação deve ser servir, receber, cumprir, tornar-se instrumento manifestador da Śakti Divina nos trabalhos dela. Você deve crescer na consciência divina até que não haja nenhuma diferença entre tua vontade e a dela, nenhum motivo a não ser o impulso dela em você, nenhuma ação que não seja a ação consciente dela em você e através de você. (...) O último estágio desta perfeição virá quando você estiver completamente identificado com a Mãe Divina e não se sentir mais um outro ser separado, um instrumento, um servidor ou trabalhador, mas verdadeiramente uma criança e uma porção eterna da consciência e força dela. Ela estará sempre em você e você nela; tua experiência constante, simples e natural será que todo o teu pensamento e visão e ação, tua própria respiração ou movimento vêm dela e são dela. Você saberá e verá e sentirá que você é uma pessoa e poder formado por ela de dentro dela, nascido dela para o jogo e no entanto sempre em segurança nela, ser de seu ser, consciência de sua consciência, força de sua força, Ananda de sua Ananda. Quando esta condição é completada e as energias supramentais dela puderem livremente movê-lo, então você será perfeito nos trabalhos divinos; conhecimento, vontade, ação se tornarão seguros, simples, luminosos, espontâneos, infalíveis, um fluxo do Supremo, um movimento divino do Eterno.
Deusa Lakshmi – Lakṣmī
Lakṣmī é a deusa hindu da riqueza, fortuna e prosperidade. Ela é a esposa e śakti (energia) de Viṣṇu, uma das principais divindades do hinduísmo e do Ser Supremo na Tradição Vaiṣṇava.
Com Parvatī e Sarasvatī, ela forma Trīdevī, ou trindade. Lakṣmī também é chamada de Śrī porque ela é dotada de seis qualidades auspiciosas e divinas, ou gunas, e é a força divina de Viṣṇu. Na religião hindu, ela nasceu da agitação do oceano primordial (Samudra manthan) e escolheu Viṣṇu como seu consorte eterno. Quando Viṣṇu desceu sobre a Terra como os avatares Rāma e Kṛṣṇa, Lakṣmī também desceu como sua respectiva consorte. Nas antigas escrituras da Índia, todas as mulheres são declaradas corporificações de Lakṣmī. O casamento e o relacionamento entre Lakṣmī e Viṣṇu como esposa e marido é o paradigma de rituais e cerimônias para a noiva e o noivo em casamentos hindus. Lakṣmī é considerada um outro aspecto do mesmo princípio supremo da deusa na tradição do Hinduísmo śakta.
Lakṣmī é retratada na arte e iconografia indiana como uma mulher de vestido dourado elegantemente vestida, banhada em prosperidade, com uma coruja como seu veículo, significando a importância da atividade econômica na manutenção da vida, sua capacidade de se mover, trabalhar e prevalecer na escuridão confusa. Ela geralmente fica em pé ou senta-se como um iogue em um pedestal de lótus e tem um lótus na mão, um simbolismo para a fortuna, o autoconhecimento e a liberação espiritual. Sua iconografia a mostra com quatro mãos, que representam os quatro objetivos da vida humana considerados importantes para o modo de vida hindu: dharma, kāma, artha e mokṣa.
Dez Deusas Hindus: Kali, Tara, Tripuransundari, Bhuvaneshvari, Bhairavi ou Durga, Chinnamasta, Dhumavati, Bagalamukhi, Matangi, Kalamatmika.
Este texto fala de modo resumido sobre dez deidades femininas indianas que são conhecidas coletivamente como as dez grandes sabedorias – Mahāvidyās: daśa mahāvidyā.
Mahāvidyās (Grandes Sabedorias) são um grupo de dez aspectos de Adi Paraśakti no hinduísmo.
O desenvolvimento das Mahāvidyās representa um importante ponto de virada na história do śaktismo, pois marca a ascensão do aspecto de Bhakti no Śaktismo, que atingiu seu apogeu em 1700 d.C. Primeiro surgiu na era pós-purânica, por volta do século 6 d.C., foi um novo movimento teísta em que o ser supremo foi concebido como feminino. Um fato sintetizado por textos como Devī-Bhāgavata Purāṇa.
O nome Mahāvidyās vem das raízes sânscritas, com maha significando grande; e vidyā significado revelação, manifestação, conhecimento ou sabedoria.
Os śaktas acreditam que "a única Verdade é sentida em dez facetas diferentes; a Mãe Divina é adorada e abordada como dez personalidades cósmicas", as daśa mahāvidyā, consideradas de natureza tântrica e geralmente são identificados como:
Kālī - A forma final de Brahman, a "Devoradora do Tempo" (Suprema Deidade dos Sistemas Kalikūla).
Tara - a deusa como guia e protetor, ou quem salvar. Quem oferece o conhecimento supremo que dá a salvação. Ela é a deusa de todas as fontes de energia. A energia do sol também é uma concessão dela. Ela se manifestou como a mãe do deus Shiva após o incidente de Samudramanthan para curá-lo como seu filho.
Tripura Sundarī (Ṣoḍaśī) - A Deusa Que é "Bela nos Três Mundos" (Suprema Deidade dos Sistemas Śrīkula); o "Tantra Parvatī" ou o "Mokṣa Mukta". Ela é a cabeça do maṇidvīpa.
Bhuvaneśvarī - A Deusa como Mãe do Mundo, ou Cujo Corpo é todos os 14 lokas (todo cosmos).
Bhairavī - a deusa feroz. A versão feminina de Bhairava.
Chhinnamastā - Deusa auto-decapitada. Ela cortou a cabeça para satisfazer Jaya e Vijaya (metáforas de Rajas e Tamas - parte das trigunas).
Dhūmavatī - A Deusa Viúva ou a Deusa da morte. Ela também é referida como Alakṣmī. Seu símbolo é corvo.
Bagalamukhi - a deusa que paralisa os inimigos.
Mātaṅgī - a primeira ministra de Lalitā (em sistemas de Śrīkula); ou a "Sarasvatī Tântrica".
Kāmala (Kāmalatmikā) - A Deusa dos Lótus; o "Lakṣmī Tântrico".
A deusa Durga – Devī Durgā
Este texto foi escrito por Por Swami Harshananda sobre a Deusa Durgā. Este texto foi disponibilizado em nosso site cerca de dez anos atrás, e consideramos que embora seja bastante introdutório, a sua leitura continua válida para o início dos estudos sobre as diversas deidades femininas indianas.
Três deusas indianas: Sarasvati, Parvati, Lakshmi (Saravatī, Parvatī, Lakṣmī)
Este texto foi disponibilizado em nosso site cerca de dez anos atrás, e consideramos que embora seja bastante introdutório, a sua leitura continua válida para o início dos estudos sobre as diversas deidades femininas indianas.
Shaktismo – Śaktismo – O culto a Deusa na Índia
Este texto foi disponibilizado em nosso site cerca de dez anos atrás, e foi uma tradução de informações coletadas e traduzido para o português a partir da Wikipedia e do site mokshadarma. Ambos os textos já foram atualizados em suas fontes originais, no entanto, para uma primeira leitura sobre o assunto, consideramos que esta tradução continua válida para o início dos estudos neste tema.
Do céu para o lar: as muitas lendas de Shakti (Śakti)
Uma vez, o grande guru Shankaracharya foi a Kashmir, desejando entrar em discussão com os Shaktas, seguidores da Deusa (Shakti). No entanto, logo que chegou ao local, foi imobilizado por um acesso muito forte de disenteria. Foi afetado de forma tão grave, que ficou incapaz de se levantar do leito, e até perdeu o poder de falar.
Pouco depois, uma garota com doze anos de idade chegou perto dele e sussurrou em seu ouvido: “Ó Shankara, você pensa que pode negar o culto da Shakti?”
Sentindo-se incapaz, Shakaracharya disse: “Devi, eu vim aqui com esse objetivo, mas neste instante eu me sinto sem nenhum poder (shakti). Quando eu ganhar novamente o poder de falar, então eu serei capaz de fazer isso. Se esse poder, eu não posso fazer nada.”
A garota encantadora lhe respondeu assim: “Ó reverendo mestre (acharya), se você mesmo não consegue se mover uma só polegada sem seu poder (shakti), como você poderá refutar o culto da Shakti? Ó sábio, saiba que eu sou a Shakti de Shiva – o Poder Supremo que ativa este mundo. Como você quer me negar, se é movido por minha própria energia?”
Com sua mente agora equilibrada, Shankaracharya fez uma reverência para a Deusa, e logo depois de se recuperar, deixou Kashmir. Leis o texto completo disponível do Pdf.
Autor: Nitin Kumar
Kali: a mulher mais poderosa do universo
Prof. P.C. Jain e Dr Daljeet
Kali personifica os três aspectos do ato cósmico, que se revelam na criação, na preservação e na aniquilação. Ela é a divindade mais misteriosa de todas as ordens religiosas indianas – no Budismo, no Jainismo, entre os seguidores de Vishnu ou Shiva, ou qualquer outra. Ela faz gestos que asseguram a ausência de medo (abhaya) e benevolência (varada), definindo perpetuamente sua disposição mental mais profunda. Porém, em contraste, a aparência da Deusa inspira sentimentos de espanto e terror, espalhando a morte com a espada nua que carrega em uma de suas mãos e se alimentando com o sangue que jorra dos corpos que mata. Os instrumentos de destruição, para ela, são meios de preservação. Seu caminho de passagem para a vida é através da moradia que Ela escolheu – o terreno de cremação, iluminado por piras queimando e cheio dos ecos de gritos dos chacais e dos fantasmas, que pairam sobre cadáveres desmembrados.
A Deusa mais sagrada, Kali, partilha sua moradia com terríveis monstros que comem carne humana (pishachas) e é representada montada sobre um cadáver.
Ela ama Shiva, mas só se une com o seu cadáver (shava), seu corpo passivo e morto, sendo ela própria o agente ativo. Ela se alegra com a destruição e ri, mas apenas para fazer com que os quatro cantos da Terra e do Céu tremam de terror. Sendo uma mulher, Kali gosta de se enfeitar, mas seus ornamentos são uma guirlanda ou um colar de cabeças humanas decepadas, um cinto com braços humanos cortados, brincos com cadáveres de crianças, braceletes de serpentes – tudo com aparência horrível e lamentável. A essência de Kali é essa fusão de contradições, um misticismo com o qual nenhuma outra divindade foi dotada. Vashishtha Ganapati Muni disse corretamente sobre ela:
"Tudo aqui é um mistério de contrários, trevas, uma luz mágica que oculta a si própria, sofrimento, uma máscara secreta do êxtase trágico, e morte, um instrumento de vida perpétua."
Leis o texto completo disponível do Pdf.
A deusa Maha Maariyamman (Māriyaṁan) do sul da Índia
"A deusa Maha Mariamman", texto de Flávia Bianchini descrevendo a mitologia, iconografia, culto e práticas espirituais dessa divindade hindu.
Maariyamman é principalmente adorada pelo povo do Sul da Índia, do Tamil Nadu, Sri Lanka e na região do Sudeste Asiático, especialmente entre os falantes de Tamil, Telugu, Kannada, Malayalam ou Tulu. Popularmente é cultuada pelos indianos no exterior, principalmente pelo povo tâmil que habita em outras terras, porque ela é vista como sendo o seu protetor durante a sua estada em terras estrangeiras. Maariyamman é considerada uma manifestação da deusa Parvatī, uma encarnação incorporada como a Mãe Terra, com toda a sua força terrível. Shri Maariyamman também é considerada a deusa da chuva, é celebrada e adornada como a consorte do Senhor Shiva. Como qualquer outra grande deusa ela é muitas vezes identificada com vários outros nomes, como Kalmaariyammal, Bhadramaariyamma, Karumaariyamma, Muttumaariyamma, Ammae e Marimuthu.
Ela é considerada uma das mais populares “deusas de aldeia”, e considerada uma deusa das pessoas pobres e moradores das pequenas vilas. Seus templos principais estão situados em várias partes dos diversos estados do país. O povo hindu está demonstrando atualmente grande interesse em adorar deusas como Shri Maariyamman, e acredita-se que ela seja o símbolo do sacrifício e da maternidade, e que ela oferece riqueza abundante e boa saúde para seus devotos fiéis. Ela está associada com diversas doenças e à febre e protege seus devotos de eventos profanos ou demoníacos. Ela é adorada como uma deusa que salva o povo das doenças virais, como a varíola, sarampo e varicela. As folhas e a árvore de Margosa, açafrão em pó e chuva são os elementos associados com a adoração da deusa Maariyamman.